sexta-feira, 21 de maio de 2010

NOCÕES DE GEOGRAFIA URBANA


UM RESUMO FALANDO O QUE VOCÊ TEM QUE SABER SOBRE AS GRANDES CIDADES


Para que se considere uma área em que se concentre uma dada população como urbana, utiliza-se, em diversos países, a referência em torno do número de pessoas aglomeradas. De acordo com a ONU, este número seria de 20.000 habitantes, mas há uma variação de um país para outro. No Brasil, sequer interessa o número de habitantes, pois uma região será definida comocidade quando abrigar a sede de um município (prefeitura). Trata-se de um critério político-administrativo.
As cidades são uma forma de organização do espaço geográfico e, como tal, revelam os traços culturais e econômicos da população habitante, sendo moldadas para a satisfação das suas necessidades. Podem serespontâneas, quando estabelecidas naturalmente advindas, por exemplo, de um povoado, ou planejadas, como é o caso da nossa capital Brasília, cujo plano arquitetônico foi previamente elaborado.



         
        Vista da cidade de Brasília 


 CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Urbanização:ocorre quando a população urbana supera numericamente a rural em razão da migração de pessoas do campo para a cidade.
Crescimento Urbano: pode ser definido de duas maneiras: como o próprio crescimento da área da cidade, ou ainda como o crescimento da população urbana por meios naturais, ou seja, sem que ocorra migração.
Sítio Urbano: é o local onde a cidade foi construída. Refere-se à sua topografia, podendo ser, por exemplo, um planalto (Brasília), uma colina (São Paulo), ou mesmo uma planície (Manaus).
Situação Urbana: relaciona-se com os motivos naturais, geográficos ou históricos que influenciam o surgimento da cidade, como ocorre com as cidades fluviais, marítimas ou de entroncamento, a exemplo de Feira de Santana na Bahia.
Função Urbana: atividade básica ou principal desenvolvida pelas cidades, que podem ser turísticas, como Olinda e Ouro Preto, administrativas, como Brasília e Washington, comerciais, como Londres e São Paulo, etc.
Conurbação: é o encontro ou superposição de duas ou mais cidades em virtude do seu crescimento. Ocorre a fusão das áreas urbanas, a exemplo das cidades de Salvador e Lauro de Freitas, ou mesmo de Juazeiro e Petrolina, na região do São Francisco.
Metrópole: é a cidade que apresenta intensa rede de serviços e melhores equipamentos urbanos de um país (metrópole nacional, a exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro e Nova Iorque), ou de uma região (metrópole regional, a exemplo de Salvador e Belém) e que influencia as regiões ou municípios ao seu redor.
Região Metropolitana: é o conjunto de regiões ou municípios integrados social e economicamente a uma cidade principal (metrópole), que usufruem de serviços públicos de infra-estrutura comuns. O Brasil possui 17 regiões metropolitanas, sendo São Paulo a maior de todas, com 39 municípios. A região metropolitana de Salvador engloba cerca de 10 municípios.
Hierarquia Urbana: é a polarização que uma cidade exerce sobre outra em virtude das atividades e serviços ofertados. O conjunto dessas relações hierárquicas é chamado de rede urbana.
Megalópole: é a conurbação entre duas ou mais metrópoles ou regiões metropolitanas. A “Boswash”, nos EUA, foi a primeira megalópole a se formar unindo Boston a Washington, com destaque para Nova Iorque, maior centro financeiro do mundo. Destaca-se ainda a megalópole japonesa, grande centro tecnológico que vai de Tóquio a Osaka e a megalópole brasileira, ainda em formação com a conurbação de São Paulo e Rio de Janeiro.
 O DESEQUILÍBRIO SOCIAL NAS CIDADES
Os centros urbanos, ao mesmo tempo em que representam focos de cultura, tecnologia e consumo, concentram também diversos problemas sociais como a criminalidade, a poluição e a falta de moradia.
Os países subdesenvolvidos possuem as maiores populações urbanas absolutas do mundo e a origem desorganizada da urbanização, como é o caso do êxodo rural, resulta na oferta precária de elementos básicos como saúde, transporte e saneamento, bem como em fenômenos como a mendicância, a marginalidade e o subemprego, visto que os setores secundário e terciário não acompanham o ritmo da urbanização.
A segregação econômica da população resulta numa segregação espacial, notável no contraste entre a riqueza e organização dos centros e a pobreza e a ocupação desordenada nas periferias. A maior parte dos benefícios trazidos pela urbanização não pode ser desfrutada por todos e as cidades se tornam, cada vez mais, palcos da elitização e da luta pela sobrevivência de uma classe cada vez mais oprimida.


Redator: Edson Caldas

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