quinta-feira, 20 de maio de 2010

Desapropriações atingem 5 bairros da zona sul de SP

      Donos de imóveis de cinco bairros de classe média da zona sul da capital paulista - Parque Jabaquara, Vila Fachini, Vila do Encontro, Cidade Vargas e Cidade Leonor - entraram para a lista dos moradores que serão desapropriados pela Prefeitura de São Paulo depois que o traçado do túnel que ligará a Avenida Roberto Marinho à Rodovia dos Imigrantes foi alterado.
      Ainda não há dados oficiais da administração sobre quantas casas serão afetadas. Mas, segundo a administração municipal, essa informação será conhecida ainda no primeiro semestre. Além dessas propriedades, outras 13 favelas, além das 16 que já estavam previstas para serem reassentadas, também podem vir a ser retiradas do entorno da Operação Urbana Água Espraiada.
      Nas 29 comunidades morariam em torno de 50 mil pessoas, segundo lideranças locais. A Prefeitura, porém, diz que esse número está superestimado. Nas 15 primeiras comunidades já cadastradas pela Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) desde novembro, sabe-se que existem 6 mil famílias, ou cerca de 18.100 pessoas.
     Imóveis desses cinco bairros foram incluídos na lista de desapropriações depois que a Prefeitura mudou o local por onde o túnel vai passar para baratear o custo da obra. O anúncio sobre a alteração foi feito em novembro. O túnel seria construído do lado esquerdo do córrego Água Espraiada. Agora, será do lado direito. Dessa forma, dezenas de casas serão colocadas abaixo para dar lugar às alças de acesso do túnel, poços de ventilação e áreas de respiro da obra.
      "Se o traçado original fosse mantido, mais bairros seriam afetados", diz o engenheiro Roberto Molin, da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Siurb). O traçado original previa 3,8 quilômetros de túnel. Agora o projeto tem 2,4 quilômetros.

Protesto

      Revoltados com a revelação de que terão de deixar suas casas, moradores mandaram fazer cem faixas para colocar nos imóveis em protesto. Eles temem avaliações injustas, abaixo do valor de mercado. "Isso não vai ocorrer em hipótese alguma", afirma Molin. As informações são do Jornal da Tarde.


Redatora: Letícia Ferreira.

Igreja Metodista de Joanesburgo abriga 3 mil zimbabuanos.

(abrange o mesmo assunto do post anterior)

O congolês Senga Thotho aposta que os ataques poderão se repetir em breve.

      "Foi tudo organizado e com a conivência da polícia. A violência contra os imigrantes parou com a proximidade da Copa do Mundo, mas acho que vai voltar depois. Muitos sul-africanos ainda nos culpam pelos problemas do país ", conta.
     Thotho vive em um quarto de 12 metros quadrados próximo ao estádio Ellis Park, em Joanesburgo. Uma moradia suja e mal conservada, como é regra entre os imigrantes africanos que chegam ao país para tentar um futuro melhor.


Os refugiados se acomodam em qualquer canto da igreja

      Uma Igreja Metodista no centro de Joanesburgo tornou-se símbolo desta desordem. São quase três mil zimbabuanos vivendo permanentemente lá - um prédio de cinco andarem com poucos pontos de luz, vidros e portas quebrados, sujeira, bastante hostil a quem tenta visitá-lo.
     "É impressionante ver tanta gente vivendo nessas condições, mas elas me dizem que aqui é melhor que o Zimbábue", explica Sedi Mbelani, psicóloga que atende crianças que moram na igreja.


Small Street, no centro de Joanesburgo, reúne milhares de refugiados


    Em junho de 2009, a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) divulgou relatório sobre a situação alarmante dos imigrantes na África do Sul. Mas pouca coisa mudou desde então. O MSF dá assistência a 2,3 mil pessoas todo mês. Só de 1o de março de 2010 até agora recebeu 71 sobreviventes de violência sexual na cidade de Musina, que faz fronteira com o Zimbábue e é a principal porta de entrada dos zimbabuanos. Todos os dias cerca de 300 passam por lá.
    "Os imigrantes arriscam suas vidas quando cruzam a fronteira e os estupros promovidos por gangues ocorrem em números chocantes. Muitos passam a vida em Johanesburgo, onde continuam tendo a saúde ameaçada e ainda enfrentam incertezas sobre seu futuro no país", explica Mickael Le Paih, chefe de missão do MSF na África do Sul.

Redator: Fábio Augusto.
Postagem: Letícia Ferreira.

Invasão de imigrantes vira problema social na África do Sul.



Estrangeiros são 10% da população, sendo que muitos vivem na miséria.
Maior comunidade é de zimbabuanos com 3 milhões de pessoas.

     A terra da Copa do Mundo é também a terra das oportunidades para todo um continente. Ano após ano milhões de africanos cruzam a fronteira da África do Sul, a maior economia da região. Antes mesmo de conforto ou luxo, buscam muitas vezes apenas um emprego e uma perspectiva. A maior comunidade é a dos zimbabuanos, que fugiram da grave crise econômica que devastou o país e elevou o desemprego a inacreditável taxa de 95%. Estima-se que cerca de 3 milhões morem atualmente na África do Sul. Significa que um quarto da população do Zimbábue se mudou para o vizinho.
     Há também milhares de nigerianos, moçambicanos e congoleses, entre outros. Estima-se que 10% dos 49 milhões de habitantes da África do Sul sejam estrangeiros. O movimento migratório tornou-se um problema social na África do Sul, país onde o desemprego atingiu 24% segundo a última estatística, de 2009. Muitos sul-africanos acusam os imigrantes de espalharem doenças como a Aids e de roubarem seus empregos, como mostrou uma pesquisa coordenada pelo Instituto de Imigração do Sul da África.
     De fato é muito comum ver estrangeiros como domésticas ou garçons. Trata-se de uma mão-de-obra em geral mais barata e muito dedicada.
     A violência contra os imigrantes parou com a proximidade da Copa do Mundo, mas acho que vai voltar depois. Muitos sul-africanos ainda nos culpam pelos problemas do país"
     Senga Thotho, imigrante congolês
     A tensão chegou ao ponto máximo em 2008, quando ataques xenofóbicos em várias cidades do país deixaram 62 mortos e outros 13 mil desabrigados. Um zimbabuano de 20 anos, morador de Polokwane (uma das sedes da Copa do Mundo), relembra o dia em que sofreu o ataque.
      "Um grupo de pessoas invadiu minha casa e pediu para que eu mostrasse minha identidade sul-africana. Disse que não tinha e eles começaram a me agredir com pedras, socos e chutes. Consegui fugir, mas eles me pegaram de novo e me bateram muito até eu ficar coberto de sangue no chão. Só me deixaram porque acharam que eu estava morto", descreve.

 
Redator: Fábio Augusto
Postagem: Letícia Ferreira

Presidente e ministro entregam moradias a 624 famílias de Recife

Famílias de baixa renda viverão em conjunto habitacional próximo à Praia de Boa Viagem 

O presidente Lula e o ministro das Cidades, Marcio Fortes de Almeida, entregaram 624 moradias a famílias de baixa renda do Recife nesta sexta-feira (7), em cerimônia que também reuniu o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o prefeito de Recife, João Costa, no Bairro da Imbiribeira, na capital pernambucana.
O presidente Lula lembrou que os novos moradores do Habitacional 3 ocupavam uma área próxima do local onde foi construído o residencial, próximo ao Bairro de Boa Viagem, região nobre de Recife. “As pessoas foram removidas de um lugar onde passará uma via importante da cidade e não foram simplesmente jogadas para longe da cidade. Aqui perto, vocês têm estação de metrô, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e podem ir à praia a pé”, afirmou.


Redator: Daniel Caria